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Auto da Barca do Inferno

  • Gênero / Categoria: Sátira, Teatro
  • 🕗 5 min read

Resumo em uma frase: Uma alegoria sobre a hipocrisia e a corrupção, explorando a moralidade e a justiça através de personagens emblemáticos que enfrentam seu destino após a morte.

📖 Título do Livro: Auto da Barca do Inferno
✍️ Quem Escreveu: Gil Vicente
📅 Ano de Publicação: 1517
📚 Gênero / Categoria: Teatro / Sátira

Quem deve ler: Leitores interessados em literatura clássica, peças teatrais, sátiras sociais e históricas, e aqueles que apreciam críticas à corrupção e à moralidade na sociedade.

Citações Memoráveis
  1. Non est de regulae juris, não!
    O Corregedor tenta usar sua autoridade e conhecimento legal para evitar seu destino, mostrando a arrogância dos poderosos.
  2. Quando éreis ouvidor, nonne accepistis rapina?
    O Diabo acusa diretamente o Corregedor de corrupção, destacando a hipocrisia e os crimes que ele cometeu em vida.
  3. Dou-me à Demo! Não cuidei que era extremo, nem de morte minha dor.
    O Procurador revela sua falta de preparação para a morte e arrependimento, evidenciando a negação e a surpresa diante do julgamento final.

Resumo do Livro 📖

Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, é uma peça teatral que faz parte da trilogia das Barcas, composta também por “Auto da Barca do Purgatório” e “Auto da Barca da Glória”. Esta obra é uma sátira que critica a corrupção e a hipocrisia da sociedade portuguesa do início do século XVI. A história se passa no cais do inferno, onde diversas almas de recém-falecidos aguardam julgamento para saber se irão para o céu ou para o inferno.

Entre os personagens principais estão o Corregedor e o Procurador, ambos representantes do sistema judicial que são acusados de corrupção e má conduta. O Corregedor, carregado de processos judiciais, e o Procurador, com seus livros de leis, tentam justificar seus atos e escapar da condenação. O Diabo, no entanto, expõe seus crimes e eles são enviados ao inferno. A peça utiliza uma linguagem rica e cheia de humor para abordar questões sérias sobre moralidade, justiça e a natureza humana.

Através de diálogos cômicos e ironias, Gil Vicente critica a hipocrisia dos poderosos e a falha do sistema judicial em aplicar a verdadeira justiça. A obra permanece relevante até hoje, sendo um importante exemplo de crítica social e literária.

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Resumo por Capítulo 📑

O livro “Auto da Barca do Inferno” é dividido em 18 cenas, cada uma representando a chegada de uma alma ao cais do inferno. Abaixo segue um breve resumo de cada cena.

Cena 1: O Fidalgo
  • O Fidalgo chega carregado de orgulho e riquezas.
  • Ele acredita que será levado ao céu devido à sua nobreza, mas é confrontado pelos seus pecados de arrogância e abuso de poder.
  • O Diabo o acusa de desprezar os pobres e viver em luxúria.
Cena 2: O Onzeneiro
  • O Onzeneiro, um usurário, tenta subornar o Diabo para escapar do inferno.
  • Ele é criticado por sua ganância e exploração dos necessitados.
  • O Diabo o condena por sua avareza e falta de caridade.
Cena 3: O Sapateiro
  • O Sapateiro é acusado de enganar seus clientes com produtos de má qualidade.
  • Ele tenta justificar seus atos alegando que todos fazem o mesmo.
  • O Diabo o sentencia ao inferno por sua desonestidade e ganância.
Cena 4: O Frade
  • O Frade é criticado por sua hipocrisia e vida de luxúria.
  • Ele tenta usar sua posição religiosa para evitar a condenação.
  • O Diabo o acusa de violar seus votos religiosos e o envia ao inferno.
Cena 5: A Alcoviteira
  • A Alcoviteira, uma facilitadora de prostituição, tenta justificar suas ações.
  • Ela é acusada de corromper a moral das jovens e de contribuir para o pecado.
  • O Diabo a condena por seu papel na degradação moral da sociedade.
Cena 6: O Judeu
  • O Judeu chega com uma cabra, símbolo de sua fé.
  • Ele é criticado por seu desprezo pelo Cristianismo.
  • O Diabo o condena por sua falta de fé e respeito às crenças cristãs.
Cena 7: O Corregedor
  • O Corregedor é um juiz que abusou de sua autoridade para ganho pessoal.
  • Ele tenta justificar seus atos, mas o Diabo expõe sua corrupção.
  • O Corregedor é condenado por sua hipocrisia e injustiça.
Cena 8: O Procurador
  • O Procurador é outro representante do sistema judicial corrupto.
  • Ele tenta escapar da condenação usando seus conhecimentos legais.
  • O Diabo o acusa de cumplicidade com os crimes do Corregedor e o envia ao inferno.
Cena 9: O Enforcado
  • O Enforcado chega ainda com a corda no pescoço.
  • Ele é acusado de vários crimes e tenta argumentar que já pagou por seus pecados com a morte.
  • O Diabo o condena pela falta de arrependimento verdadeiro.
Cena 10: O Parvo
  • O Parvo é uma figura inocente, representando o povo comum.
  • Ele é acolhido no barco do céu devido à sua pureza e simplicidade.
  • O Parvo serve como contraste com os outros personagens condenados.
Cena 11: O Cavaleiro
  • O Cavaleiro, um soldado valente, chega com sua armadura.
  • Ele tenta justificar suas ações em nome da honra e da guerra.
  • O Diabo o acusa de brutalidade e de lutar por motivos egoístas, enviando-o ao inferno.
Cena 12: O Tabelião
  • O Tabelião, um escrivão que falsificava documentos, tenta escapar da condenação.
  • Ele argumenta que apenas seguia ordens superiores.
  • O Diabo o condena por sua desonestidade e fraude.
Cena 13: O Enforcado
  • O Enforcado chega com a corda ainda no pescoço.
  • Ele é acusado de vários crimes, mas argumenta que já pagou com sua vida.
  • O Diabo o condena pela falta de arrependimento genuíno.
Cena 14: O Pastor
  • O Pastor é acusado de não cuidar adequadamente de seu rebanho espiritual.
  • Ele tenta justificar suas ações, mas o Diabo expõe sua negligência.
  • O Pastor é enviado ao inferno por sua falta de zelo e responsabilidade.
Cena 15: O Alcoviteiro
  • O Alcoviteiro tenta justificar suas ações como necessárias para sobreviver.
  • Ele é criticado por corromper a moralidade das pessoas.
  • O Diabo o condena por seu papel na degradação moral da sociedade.
Cena 16: O Cavaleiro
  • O Cavaleiro, um soldado valente, chega com sua armadura.
  • Ele tenta justificar suas ações em nome da honra e da guerra.
  • O Diabo o acusa de brutalidade e de lutar por motivos egoístas, enviando-o ao inferno.
Cena 17: O Carrasco
  • O Carrasco é responsável pela execução de sentenças de morte.
  • Ele tenta justificar seus atos como cumprimento do dever.
  • O Diabo o condena pela crueldade e prazer que demonstrava em seu trabalho.
Cena 18: O Anjo e o Diabo
  • O Anjo e o Diabo discutem sobre a moralidade e o destino das almas.
  • O Diabo tenta levar mais almas para o inferno, enquanto o Anjo defende as almas justas.
  • Essa cena finaliza a peça com uma reflexão sobre justiça divina e redenção.

O “Auto da Barca do Inferno” é uma peça que transcende seu tempo, oferecendo uma crítica mordaz à sociedade e suas falhas. Através de seus personagens simbólicos, Gil Vicente nos convida a refletir sobre nossos próprios atos e a importância da integridade moral. A sátira é um meio poderoso para abordar questões sérias, e Vicente utiliza com maestria o humor para expor a hipocrisia e a corrupção.

A obra permanece relevante nos dias atuais, mostrando que os problemas sociais e éticos de séculos atrás ainda são pertinentes. A habilidade de Vicente em capturar a essência da natureza humana torna “Auto da Barca do Inferno” uma leitura essencial para aqueles que buscam entender a complexidade das relações sociais e morais.

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Principais Pontos 🖋️

O “Auto da Barca do Inferno” é uma peça de teatro escrita por Gil Vicente em 1517. A obra é uma sátira que critica a sociedade portuguesa do século XVI através de uma alegoria onde as almas dos recém-falecidos são julgadas e encaminhadas para o céu ou o inferno. Aqui estão os principais pontos que representam 80% da compreensão do livro:

  1. Julgamento das Almas: O enredo principal gira em torno do julgamento das almas de vários personagens que chegam ao cais do inferno. Cada personagem carrega consigo símbolos de seus pecados e tenta justificar seus atos para escapar da condenação, mas o Diabo expõe suas falhas e crimes.
  2. Sátira Social: Gil Vicente utiliza a peça para criticar diversos aspectos da sociedade, incluindo a corrupção do clero, a hipocrisia dos nobres e a ganância dos comerciantes. Cada personagem representa um grupo social ou profissional e suas respectivas falhas morais.
  3. Personagens Alegóricos: A peça apresenta personagens como o Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro, o Frade, a Alcoviteira, entre outros, cada um simbolizando um tipo de pecado ou vício. A interação entre esses personagens e o Diabo é usada para destacar as críticas sociais de Vicente.
Aprendizados 💡

Um plano de ação detalhado baseado nos principais pontos:

  • Reflexão sobre a Moralidade: Analisar como as ações de hoje podem impactar o julgamento moral no futuro. Promover uma introspecção sobre nossas atitudes e decisões diárias.
  • Combate à Corrupção: Identificar e denunciar práticas corruptas e injustas no ambiente de trabalho e na sociedade em geral. Promover a ética e a justiça em todas as áreas da vida.
  • Valorização da Honestidade: Incentivar comportamentos honestos e transparentes, mesmo que isso signifique enfrentar desafios ou perder benefícios imediatos. Valorizar a integridade como um valor central.
Curiosidades 👀
  • A obra faz parte da trilogia das barcas, sendo seguida por “Auto da Barca do Purgatório” e “Auto da Barca da Glória”.
  • Gil Vicente é considerado o fundador do teatro português e é conhecido por suas sátiras sociais e críticas à moralidade da época.
  • O “Auto da Barca do Inferno” é frequentemente encenado em escolas e teatros como uma peça educativa e crítica.
Conhecimentos Conectados 🔄

Para aprofundar o entendimento sobre as críticas sociais e a moralidade no teatro, recomendo as seguintes leituras:

  • Macbeth de William Shakespeare – Uma tragédia que explora a ambição e a moralidade.
  • O Santo e a Porca de Ariano Suassuna – Uma peça que, como a de Vicente, utiliza o humor para criticar a sociedade.
  • O Bem Amado de Dias Gomes – Outra obra que satiriza a corrupção e as falhas morais na sociedade.

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